terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os novos dias

No último dia de 2011, eu fiz uma lista dos meus objetivos para 2012. Quando deu meia-noite, fui para um lugar bem alto; além de querer ver os fogos de artifício, aquilo tinha sido também uma forma de colocar tudo o que estava no papel no foco dos meus 366 (sim, 2012 foi um ano bissexto!) dias em diante. E eu fiquei feliz e satisfeita ao ver que o verbo mais utilizado tinha sido o ser.

A lembrança que eu tenho de 2011 é a de eu ter me jogado em tudo o que era novo. Trabalhei muito por pouco, mas aprendi lições que dinheiro nenhum poderiam ter comprado. Conheci pessoas que, se eu tivesse continuado na minha zona de conforto, jamais teria tido a sorte de conhecê-las. Fiz o que tive vontade, na hora que tive vontade. Me permiti errar e sentir vergonha. Me permiti dizer que nunca mais faria pequenas traquinagens e me peguei fazendo-as novamente. Aquele ano foi intenso. Foram dias de liberdade, de experiências e de aprendizados.

Tudo me preparou para 2012. Denso. É assim que eu consigo defini-lo. Não tive medo das mudanças que aconteceram logo no início dele e fim de 2011. Terminei a faculdade, o meu contrato de estágio havia acabado e eu não tinha nenhum plano a médio prazo. Só não tive medo, pois sabia que alguma coisa teria de acontecer. E quando vi elas aconteceram mesmo, sem que eu planejasse.

No mesmo dia, eu, que estava sem trabalho algum, recebi três convites de emprego. Eu, que estava com uma casinha vaga no meu coração, de repente, estava com borboletas no estômago por alguém que eu havia conhecido há quatro anos. Eu, que sentia um vazio enorme em casa após a morte dos meus cãezinhos Tof e Kid, tive a sorte de ser adotada por uma Pretinha linda e dócil, que, mais tarde, me daria mais dois filhotinhos (ou netinhos?) de presente. Eu, que tremia sem controle ao pegar no volante, estava a 100 km/h em rodovias. Eu, que, como estagiária, havia levado broncas por erros alheios de pessoas frustradas, tinha virado cronista e recebido o retorno dos meus leitores. Eu, que ansiei tanto por estar em lugares de renome, preferi optar pela minha vida pessoal. Aprendi a ser grata, mas também a dizer não na hora certa.  Conheci pessoas que moeda alguma podem definir o valor, aprendi que dinheiro é muito bom, mas que sem consciência não é nada.

Não acho justo pedir mais alguma coisa para este 2013 novinho em folha. Só quero ter sabedoria suficiente para manter o que plantei em todos os anos anteriores. Que eu consiga plantar sementes sadias e cultivá-las com retidão e respeito. E é o que desejo a todos aqueles que estão ao meu redor. Se o que passou não foi bom, fique tranquilo; não há noite que não amanheça. Se não deu certo, fique calmo; a vida é um ciclo. Se deu mais do que certo, agradeça. E cuide para que seja assim pelo tempo que for necessário. Feliz Ano Novo!